Não se assuste ao ler o título desta matéria.
Harry Potter, muito ao contrário de outros best-sellers banais, pode estar na lista de livros mais vendidos do mundo, porém tem mérito agregado à sua trajetória nas livrarias. Seguindo os passos de J.R.R. Tolkien, o pai de O Senhor dos Anéis, e outros autores de fantasias, a escritora escocesa Joanne Kathleen Rowling, mais conhecida como J.K. Rowling, entregou uma obra literária embasada, repleta de referências e riqueza de detalhes.
Harry Potter, muito ao contrário de outros best-sellers banais, pode estar na lista de livros mais vendidos do mundo, porém tem mérito agregado à sua trajetória nas livrarias. Seguindo os passos de J.R.R. Tolkien, o pai de O Senhor dos Anéis, e outros autores de fantasias, a escritora escocesa Joanne Kathleen Rowling, mais conhecida como J.K. Rowling, entregou uma obra literária embasada, repleta de referências e riqueza de detalhes.
Uma fórmula bem-escrita e bem-sucedida, que começou discreta e sem promessas, mas encantou milhões de pessoas no mundo inteiro. O único livro da série que destoa desse caminho glorioso talvez seja Harry Potter e as Relíquias da Morte, que encerra a saga do bruxinho Harry Potter, porém não com chave de ouro. São várias as teses que explicam o fato de Relíquias da Morte ser o mais fraco dentro da trajetória do menino que descobre ser bruxo e passa a freqüentar a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, um lugar encantado personificado graças ao bom trabalho dos produtores do longa-metragem, que errando aqui e ali conseguiram construir uma franquia cinematográfica sólida, imbatível e que provavelmente será muito lembrada nas listas de clássicos produzidos pela indústria de cinema. Mas talvez Rowling tenha se afetado exatamente por essa transformação do menino nerd, raquítico e desengonçado em Daniel Radcliffe, bem como os muros impenetráveis de Hogwarts em trabalho de primeira da equipe de animadores e peritos em computação gráfica. Quando Harry Potter e as Relíquias da Morte foi entregue pela autora em fevereiro de 2007, a franquia já tinha se tornado uma febre entre os adolescentes e alcançado facilmente a posição de cinessérie mais bem-sucedida das telonas. Mas Joanne teve um hiato de apenas dois anos entre a entrega de Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2005), o sexto livro da série, e a entrega de Harry Potter e as Relíquias da Morte (2007), o último, que será dividido em dois filmes, o primeiro deles a estrear no próximo 19 de novembro no Brasil e no mundo.
Diferente de Harry Potter e a Ordem da Fênix, escrito quando o primeiro longa da série chegava aos cinemas, e ainda distante de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, praticamente uma ponte entre a parte um da saga com seu derradeiro final, Harry Potter e as Relíquias da Morte parece ter sido escrito para ser transformado em película. Enquanto os primeiros livros gastavam imensos capítulos tentando explicar a atmosfera que envolvia o bruxinho protagonista juntos aos seus amigos Hermione e Rony, o último é apenas um grande roteiro sobre a despedida. E gastaram-se apenas poucos parágrafos para responder algumas das perguntas centrais do livro.
Esperta que é, Joanne não deu uma de criadora de Lost, deixando sua saga em aberto, passível a qualquer interpretação, mas colocou todas as vírgulas e pontos em seus devidos lugares.
É por esse trabalho cuidadoso que o que veremos a partir do dia 19 de novembro provavelmente seguirá acompanhado de uma imensa euforia entre os fãs. Com tantos pingos no i, seria preciso uma burrada muito forte dos produtores para que o longa saía fora dos eixos. Justamente porque Relíquias da Morte tem aparato suficiente para seguir sua obra original do começo ao fim, reproduzindo diálogos inteiros. Certas cenas, como a perseguição dos Comensais da Morte pelos céus de Londres, a batalha de Hogwarts e a fuga na floresta dizem ter sido encomendadas pelo próprio estúdio. Nos primeiros testes de exibição feitos pela Warner e realizados no mês passado, mais de cinco fãs mostraram suas impressões. Desses cinco, quatro deles disseram que os diálogos foram adaptados ao pé da letra e que o filme segue exatamente o ritmo do livro. Mesmo com as falhas de adaptação do sexto longa (leia matéria relacionada entre o primeiro e o segundo parágrafo), Harry Potter e as Relíquias da Morte parece ter encontrado sua exata fórmula contando com o apoio de sua criadora para se fazer valer. Não dá para se decepcionar com o livro quando sabemos que ele é apenas o ponto de partida para o filme.
E Harry Potter deixou de ser obra literária quando seus longas passaram a redefinir sua existência. Faltando pouco mais de dois meses para a estreia oficial, e a Warner correndo contra o tempo para divulgar fotos e vídeos inéditos, fica quase essa certeza: Harry Potter e as Relíquias da Morte pode ser o pior livro da série, mas muito provavelmente se sagrará como melhor filme. Passada essa sensação, saberemos que Harry Potter encerrou sua trajetória com chave de ouro. Resta saber qual será o próximo grande filme que nos empolgará e prenderá nossa atenção por mais de dez anos.
Texto nenhum pouco Grandinho, né?
SHUAHSUAHSUASHUASHAUSHA
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